quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Demais

" O amor era grande demais (...), não era mais aplicável: nem a pessoa amada tinha a capacidade de receber tanto."
Clarice Lispector





Acho que é dessa forma que eu me justifico; acreditando que tudo que eu fiz foi porque amei tanto que perdi a noção do que poderia ser nocivo. Entreguei.
Entreguei e entregaria tudo novamente se Deus me desse uma oportunidade. Entregaria novamente porque nunca houve nesta vida alguém que merecesse mais dessa minha dedicação. Não houve nesta vida ninguém tão perfeito pra mim; em todos os mínimos detalhes, eu diria.
Mesmo torcendo para o São Paulo, preferindo Quindim, colecionando cds do Belo.
Era perfeito porque não tinha tanto tempo para me dedicar, porque quase nunca dizia "também" quando eu dizia que o adorava com todas as minhas forças, porque era sempre sucinto e sempre colocava caminhões de criatividade para me dizer apenas "bom dia" ou "estou com saudades". Costumava te esperar todas as vezes que o celular tocava, mas não era você nunca! Era disso que eu gostava! E eu descobri que gostava porque mesmo com isso tudo eu via amor em você! Eu via o amor nos menores gestos; via amor quando você me escutava, quando só dizia que te bastava saber que eu pensava em você.
Céus, como eu amei. Amei tanto.
Acho que a minha euforia te machucou.
Mas se Deus me desse uma oportunidade eu entregaria tudo novamente.

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